Painelistas: Gabriel Amouyal, Gerente de Serviços de Auditoria, QIMA Louis Vanegas, Diretor, Asia Ethical Sourcing, Hasbro Stefan Karlsson, Diretor, S-WAY Ines Kaempfer, Diretora Executiva, CCR CSR Bonnic Chung, Chefe de Operações, WRAP
Moderador: Courtney Terrey, Diretora de Comunicações de Marketing, QIMA
"Antes de fazer qualquer pedido de compra, é preciso garantir que os proprietários das fábricas se preocupem com os trabalhadores e estejam dispostos a colocar a decência e o respeito aos seus direitos acima do lucro." Bangladesh continuou sendo um tema quente quando se discutiu a garantia da segurança do trabalhador. Muitos dos participantes do painel tinham experiência direta de trabalho em fábricas em Bangladesh ou com elas (WRAP, Hasbro e QIMA), o que proporcionou uma visão em primeira mão de onde foram feitas melhorias desde o Rana Plaza. Embora Bangladesh tenha registrado melhorias, Gabriel Amouyal, da QIMA, observou que a segurança dos edifícios ainda é um problema em muitas regiões. Nos últimos seis meses, apenas 40% das fábricas que foram auditadas foram consideradas de baixo risco. No Sudeste Asiático, 80% das fábricas auditadas foram consideradas de médio a alto risco para os trabalhadores em termos de segurança dos edifícios. O painel também abordou os direitos humanos e a mudança na forma das questões relacionadas ao trabalho infantil. De acordo com a CCR CSR, houve um aumento do trabalho infantil entre jovens de 17 e 18 anos. Embora tenham idade legal para trabalhar, esses trabalhadores são frequentemente colocados em posições perigosas, por isso é importante que eles entendam seus direitos e que as empresas levem isso em consideração ao trabalhar para combater os problemas de trabalho infantil.
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Principais conclusões:
Segurança dos trabalhadores em Bangladesh desde o desastre do Rana Plaza:
As iniciativas Bangladesh Accord for Fire and Building Safety e Alliance for Bangladesh Worker Safety, formadas após o colapso mortal do Rana Plaza em 2013, fizeram progressos significativos na melhoria da segurança dos trabalhadores em Bangladesh
As medidas de segurança incluíram não apenas inspeções e correções de segurança estrutural, elétrica e contra incêndios, mas também treinamento sobre questões de segurança oferecido a mais de 1,6 milhão de trabalhadores da linha de produção, pessoal de segurança e gerência da fábrica
Foi feito um trabalho para aumentar a conscientização sobre os problemas de segurança entre os trabalhadores e fornecer a eles canais de denúncia, como linhas diretas 24 horas por dia, 7 dias por semana
Outros países ainda precisam implementar as lições aprendidas em Bangladesh, pois a segurança nas fábricas continua sendo um desafio global:
Apenas 40% das fábricas auditadas globalmente podem ser consideradas de baixo risco para a segurança do trabalhador
Ao diversificar suas cadeias de suprimentos, as empresas devem estar cientes de que as regiões de produção menos maduras tendem a ter riscos de segurança mais altos
No Sudeste Asiático, mais de 80% das fábricas necessitavam de remediação a curto e médio prazo
Trabalho infantil e outras questões relacionadas aos direitos da criança em cadeias de suprimentos globais:
A boa e a má notícia: embora a incidência de trabalho infantil esteja diminuindo em todo o mundo, essa tendência de queda está diminuindo diante de certos riscos emergentes
Em alguns países, a idade legal para trabalhar é de 15 ou 16 anos, e muitos desses jovens trabalhadores são encarregados de trabalhos perigosos, têm de trabalhar com maquinário pesado ou em turnos noturnos, o que equivale a trabalho infantil de acordo com a definição da Organização Internacional do Trabalho
A diversificação do fornecimento, impulsionada pela guerra comercial, cria muita incerteza e pressão de preço sobre os fornecedores, o que pode resultar em subcontratação não autorizada para instalações que não estejam em conformidade
Centenas de milhares de crianças são deixadas sem supervisão quando seus pais migram para trabalhar, o que tem um impacto negativo muito forte em seu bem-estar, educação e desenvolvimento
Estratégias que as empresas devem considerar para criar uma cadeia de suprimentos ética:
Examine atentamente suas práticas de compra e relações com fornecedores do ponto de vista da aquisição ética
Ao entrar em novos mercados e trabalhar com novos fornecedores, concentre-se em garantir a conformidade com os direitos humanos e a transparência da cadeia de suprimentos
Obtenha a adesão do fornecedor, apresentando um caso comercial para o fornecimento transparente e ético
A conformidade social não é uma medida isolada: adote uma abordagem sistemática para gerenciá-la e faça o acompanhamento regularmente
Faça um esforço para conhecer todas as partes de sua cadeia de suprimentos e certifique-se de obter os dados iniciais corretos, combinando "botas no chão" e tecnologia